Tempestade

No silêncio das lembranças perdidas, eu vejo o seu rosto passar tão derradeiramente me fazendo lembrar o quanto você me ensinou a aprender e esperar o tempo certo.

Agora tudo se partiu exclusivamente, você minha única amiga de sorriso timido e inconstante para mim, mas tudo isso são águas passadas nesse verão de Dezembro.

Ontem eu ouvi o barulho da chuva entre duas lâmpadas ofuscando o brilho das estrelas, que querem brilhar eternamente no coração de cada um.

Foi desta forma que o meu coração se alegrou, bastantemente no pulsar constante das arterias daquela linda moça, passando perto da minha calçada fria, de uma noite fria que não volta mais para mim nem se quer perto de mim.

A cabeça parece pesada? Mas tudo isso é uma questão de tempo para o seu brilho brilhar  mais do que o sol ao entardecer.

Sei que as memórias podem agradar o teu coração frio, pelo vento da saudade que escapa turbilhamente na palma de sua mão, tão delicada por anos de tocar o mais alto do céu, encantando a burrifar com toques de azul a beleza do espaço azulado pela cor de muitos verões.

As gotas caem mas não do teu rosto frio e calmo, mais do telhado da minha casa que esconde mil segredos do seu nome.

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